O deputado estadual Comandante Dan (Podemos) esteve na quinta-feira (24/7), na comunidade de Caiambé, localizada no município de Tefé, onde vivem aproximadamente 5 mil pessoas. A região, marcada pela atuação do crime organizado, tanto do narcotráfico quanto da pirataria nos rios, apresenta sérias deficiências na área da segurança pública. A situação foi relatada pela própria população durante o diálogo com o parlamentar.
“Toda a calha do rio Solimões sofre os impactos da faixa de fronteira, por onde o crime organizado internacional ingressa no Brasil. Estamos agora entre Tefé e Coari, em um trecho do rio conhecido pelos frequentes ataques de piratas a embarcações que transportam cargas, especialmente combustível. Comunidades rurais, por conta do isolamento, tornam-se alvos preferenciais dos criminosos. E numa localidade com 5 mil habitantes, não é admissível um efetivo tão reduzido, com estrutura tão precária. A população vive sobressaltada, tanto pela insegurança quanto pela possibilidade de seus filhos serem aliciados”, afirmou o deputado.
Segundo relatos, Caiambé conta com apenas um policial militar e cinco guardas municipais em serviço diário. Apesar de haver uma lancha disponível, não há patrulhamento fluvial por falta de combustível. O posto policial encontra-se em situação crítica, com estrutura comprometida e telhado danificado. O único meio de transporte dos agentes é uma motocicleta particular, abastecida com recursos próprios.
Comandante Dan defende a nomeação dos aprovados no último concurso da área de segurança pública e a realização de novos certames.
“Para se ter uma ideia, a Polícia Militar conta com 8,5 mil policiais, quando o ideal seria em torno de 15 mil. Em 2010, tínhamos um efetivo maior. A situação da Polícia Civil é bastante semelhante. Embora a segurança pública não dependa exclusivamente das forças policiais, é fundamental sua presença ostensiva. Por isso, tenho defendido tanto a contratação dos aprovados quanto a realização de novos concursos. Isso é urgente. Em relação às instalações, infelizmente, elas falam por si. Chega a ser vergonhoso”, concluiu o parlamentar.