Em pronunciamento nesta terça-feira (20/8), o deputado estadual Adjuto Afonso (União Brasil) destacou a severidade da estiagem que vem afetando o Amazonas e, principalmente, as regiões interioranas do Estado, como os municípios da Calha do Purus, nas regiões entre Boca do Acre, Pauini e Lábrea, onde a situação já está crítica. Pauini, por exemplo, já sofre graves problemas de abastecimento de combustível, que antes vinha do Acre, mas agora não é possível realizar a logística.
O parlamentar mais uma vez cobrou do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT) que a dragagem dos rios, principalmente do Purus, seja feita antes do período de maior escassez hídrica, para que as consequências não sejam tão graves e duradouras para o Estado e a população que reside nas áreas mais afetadas.
“Sempre defendi a necessidade de dragar e sinalizar nossos rios, principalmente o Purus. Não temos estradas na nossa região, nossos rios são as nossas estradas. Por isso é essencial que, logo após esta estiagem, o governo, em parceria com o DNIT, inicie um trabalho efetivo de dragagem. Atualmente, esse trabalho é feito no rio Madeira, mas de forma tardia, quando o problema já está acontecendo”, destacou o deputado.
O deputado estadual destacou, ainda, outra importante causa no Amazonas, o acordo firmado entre a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), que permite ao órgão federal, por meio da universidade e de seus laboratórios especializados, a certificação dos produtos produzidos no Polo Industrial de Manaus (PIM).
O acordo, assinado pelo diretor-presidente do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-AM), Márcio André, e pelo reitor da UEA, professor André Zogahib, garante que o Inmetro consiga realizar as certificações de forma mais ágil, o que beneficiará tanto os produtos do PIM quanto os de outros países que precisem dessa certificação.
O deputado parabenizou as partes envolvidas no acordo e destacou a importância de iniciativas como essa para o Amazonas e à região Norte. “Antes, a certificação desses produtos era feita por empresas privadas de São Paulo, que enfrentavam muitas dificuldades para realizar o processo aqui, devido a falta de um escritório ou filial em nosso Estado. Agora, com o credenciamento da UEA, por meio do seu laboratório, esses produtos poderão ser certificados localmente. Isso representa um grande avanço”, concluiu o parlamentar.