O deputado Comandante Dan (Podemos) voltou a se pronunciar contra as festas conhecidas como “adegas”, que acontecem nas periferias de Manaus. Após um final de semana de atividades na Zona Leste da Capital, o parlamentar apelou às autoridades estaduais e municipais, bem como ao Judiciário, para que seja feita uma ação de tomada e ocupação de território, contra o avanço das adegas, propagadas pelo crime organizado, segundo o deputado.
“É um absurdo que essas adegas estejam afrontado o poder público, fechando ruas, impedindo o direito de ir e vir, furtando energia, distribuindo drogas e prostituindo menores. É um absurdo que se passe pela região do fuxico, como aquela área é conhecida, e nos deparemos com o uso aberto de drogas em via pública, uma verdadeira cracolândia. Tudo isso, semana após semana. Estado e prefeitura precisam se unir e retomar o terreno e o ocupar. E o Judiciário precisa evitar qualquer tipo de garantia a que essas festas aconteçam, porque elas são braços do crime organizado, dos narcotraficantes, para ampliar o domínio sobre a área”, declarou o deputado.
Não foi a primeira vez que Dan Câmara se pronunciou contra as adegas. Ele foi o primeiro parlamentar estadual a tocar no assunto. No último final de semana, uma das notícias mais repercutidas pela imprensa em Manaus foi o sequestro de um jovem de 17 anos, durante a realização de uma adega na Zona Leste. O menor teria sido mantido em cativeiro motivado por uma suposta dívida do pai da vítima. Outra notícia que ganhou expressão foi o espancamento de uma jovem após um encontro romântico em uma dessas adegas, também na ZL.
O Comandante Dan afirmou que o poder público não pode mais “fazer de conta” que as festas de rua, com som alto e farta distribuição e venda de drogas legais e ilegais não são atividades criminosas orquestradas por narcotraficantes.
“Cada vez que uma adega acontece, o poder público é desrespeitado e derrotado. E não é apenas polícia que resolve o assunto. A polícia retoma a área e coloca ordem, mas o Estado e a Prefeitura de Manaus precisam ocupar efetivamente com atividades culturais, de cidadania e de trabalho e renda. O crime está nos desafiando e parece que estamos baixando a cabeça, porque sabemos de tudo, as adegas se repetem em dias, locais e horários, e nada parece ser feito”, concluiu o Comandante Dan.