O deputado estadual Comandante Dan (Podemos) denunciou, no domingo (1/6), a interrupção do tráfego de veículos na BR-319, na altura da travessia do Rio Curuçá (km 23 da rodovia que liga Manaus a Porto Velho/RO).
Segundo relatos, parte da obra de reconstrução da ponte sobre o rio desabou, interrompendo também a travessia por balsa.
Os primeiros relatos surgiram na noite de sábado (31/5) e na madrugada de domingo (1/5), por meio de vídeos divulgados em redes sociais.
Para o parlamentar, a obra, atrasada há dois anos e oito meses, sofre com a falta de efetividade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
“Nenhum veículo atravessou o Rio Curuçá o dia inteiro de domingo, desde cedo até a noite. Do outro lado, havia uma fila de espera em direção a Manaus que passava de dois quilômetros e meio. Nossa equipe do Soluciona BR-319 atravessou o rio de canoa e encontrou uma centena de carretas, além de inúmeros cidadãos e cidadãs que se deslocavam para os mais diversos compromissos, a maioria, consultas médicas em Manaus. A BR parou, e até a noite de domingo não havia qualquer perspectiva de solução. Não bastaram dois anos e oito meses de uma travessia precária por balsa, incapaz de dar vazão ao fluxo de tráfego da rodovia?”, afirmou o deputado, que lidera o movimento popular Soluciona BR-319, em defesa da trafegabilidade segura da estrada.
O desabamento ocorreu em um aterro provisório construído para dar acesso à balsa, que servia de passagem, enquanto a nova ponte sobre o Rio Curuçá é construída. Orlando Fanaia Machado, engenheiro e superintendente regional do DNIT no Amazonas, havia anunciado em maio que a nova ponte seria entregue em setembro.
A ponte antiga desabou em 28 de setembro de 2022, causando a morte de cinco pessoas. Moradores dos municípios de Careiro da Várzea e Careiro Castanho, ambos a menos de 100 quilômetros de Manaus, afirmam que o desabamento era previsível, devido à falta de manutenção.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) restringiu a travessia de veículos entre Manaus e Careiro da Várzea, a partir do meio-dia, para evitar longas filas em direção a Porto Velho. Até o final da noite de domingo, a situação permanecia inalterada.