Com o projeto “IncluARTE – SustentART: a sustentabilidade na arte como promotora da inclusão em um território degradado”, a creche municipal Magdalena Arce Daou, administrada pela Secretaria Municipal de educação (Semed), da Prefeitura de Manaus, conquistou, na quarta-feira, 17/9, a etapa nacional da 3ª edição do “Prêmio escolas Sustentáveis”, na categoria educação infantil/ensino fundamental (anos iniciais). A iniciativa transforma realidades por meio da arte e da sustentabilidade, criando espaços simbólicos que ajudam as famílias a compreender e vivenciar o NOVO contexto gerado pelo diagnóstico precoce de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O prêmio, promovido pela Fundação Santillana, em parceria com a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a educação, Ciência e Cultura (OEI), teve como vencedoras brasileiras a creche de Manaus e a escola estadual Brasil, de Limeira (SP). Cada instituição recebeu R$ 17,5 mil. A etapa internacional será realizada no dia 21 de outubro, no museu de Arte do Rio (MAR), administrado pela OEI no Brasil.
Segundo a gestora da creche, Juci Seixas, a vitória representa a UNIÃO de toda a equipe escolar e da comunidade em um projeto voltado à melhoria da qualidade de vida dos estudantes e das famílias, por meio de ações que transformaram os entornos da unidade de ensino. “O sentimento de participar desse momento é de gratidão. Nossa equipe é aguerrida, determinada e unida em prol de uma educação de qualidade, que transforma. Representar o Brasil nesse certame é um momento grandioso e reforça nosso compromisso com as crianças”, afirmou.
Idealizado pela professora Maria Raquel, o “IncluARTE – SustentART” surgiu da perspectiva infantil, valorizando o protagonismo das crianças e a participação das famílias. “O projeto nasceu para atender à crescente demanda de crianças com TEA na primeira infância. Muitas famílias buscavam na creche apoio, orientação e acolhimento. Pensamos em alegorias de micromundos e terrários para que elas compreendessem que, a partir do diagnóstico, seu mundo se transforma, tornando-se diferente do que haviam idealizado”, explicou a educadora.
O projeto envolve a criação de jardins sensoriais, terrários e jardins de pneus em áreas degradadas, além do reflorestamento da mata ciliar. As famílias participam ativamente de oficinas e atividades, em parceria com o Instituto Federal do Amazonas (IFAM), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima (Semmasclima) e a Secretaria Municipal de limpeza urbana (Semulsp), contribuindo para a construção dos espaços e para a inclusão das crianças. O jardim sensorial, hoje permanente, simboliza o NOVO universo que essas famílias vivenciam, consolidando o projeto como referência em educação inclusiva, arte e sustentabilidade.
Além de promover a inclusão e o apoio às famílias, o “IncluARTE – SustentART” realiza ações culturais e científicas, como feiras de ciências, mostras artísticas e oficinas de terapia pedagógica com cães, estimulando a sensorialidade e a interação de crianças com TEA. O projeto também contempla ações de sustentabilidade e Cidadania ambiental, como a coleta e reutilização de garrafas PET e tampinhas em obras de arte permanentes, o reflorestamento de áreas degradadas e a criação do livro autoral “Rael, o defensor das matas e dos igarapés – o menino que escuta com o coração”, que integra a prática educativa da unidade.
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Texto e Fotos – Divulgação / Semed