O objetivo é proporcionar celeridade, segurança e reduzir os impactos das intervenções, na cidade
FOTO: Tiago Corrêa/UGPE
A execução do Programa de Saneamento Integrado (Prosai) de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus) conta com sistemas que adotam tecnologias de ponta. São estruturas, equipamentos e metodologias em diversas áreas de atuação, que proporcionam celeridade, melhor desempenho e segurança às obras, que são realizadas pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb).
De acordo com o secretário da Sedurb, Marcellus Campêlo, o objetivo é reduzir os impactos das obras na cidade. Uma das tecnologias utilizadas, conforme destaca Campêlo, é o Georadar GPR (Ground Penetrating Radar), equipamento que permite a identificação de estruturas subterrâneas, como rede de esgoto, sistema de drenagens, fiação elétrica, tubulações, entre outros objetos que podem ser atingidos em escavações. “A tecnologia dá mais precisão nos trabalhos realizados no solo, evitando danos às estruturas existentes nas ruas”, observa.
O subcoordenador de Engenharia da UGPE, João Benaion, explica que as tecnologias e técnicas empregadas no programa são resultado de experiências adotadas com sucesso em outros projetos do órgão. Dentre eles, o Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin) e o Prosai de Maués. “Essas obras ajudaram a aprimorar a metodologia de trabalho hoje executada”, afirma.
FOTO: Tiago Corrêa/UGPE
O Georadar, destaca Benaion, consegue identificar as interferências subterrâneas, como galerias de drenagem, caixa de passagem e redes de água já existente. “Temos que ter muito cuidado para fazer os cortes, para não romper alguma tubulação já existente. Ele tem capacidade de georeferência, tem uma precisão nas coordenadas e consegue identificar numa profundidade de até 10 metros”, detalha.
Uma inovação, também, é a utilização de um novo modelo de canteiro de obras, que é, ao mesmo tempo, sustentável e móvel. A estrutura conta com equipamentos de alto padrão de desempenho, com capacidade para atender 23 funcionários, com dois banheiros, bebedouro, refrigeração e utilizando energia solar. A novidade proporciona melhor ambiente aos trabalhadores.
Circulação de máquinas
Em grandes projetos de infraestrutura e saneamento, um dos maiores problemas à população é a circulação de máquinas pesadas e interdição de ruas. Segundo Benaion, para evitar isso, a UGPE utiliza valetadeiras. “Trata-se de um equipamento de corte de fácil locomoção, evitando trânsito de máquinas pesadas no meio da população. Essa máquina tem capacidade de escavar até 200 metros com asfalto e até 400 metros em trechos sem pavimento, dando assim maior capacidade de produção diária”, relata.
FOTO: Tiago Corrêa/UGPE
De acordo com o engenheiro, a obra recebe constante vistoria para acompanhar o andamento dos trabalhos. Ele esteve em Parintins na semana passada e deve retornar à cidade na primeira quinzena de novembro. “Estamos satisfeitos com a capacidade de execução da empresa, da infraestrutura que foi implantada dentro dos canteiros, os escritórios, depósitos, a celeridade que a construtora está executando a obra, organização e a capacidade técnica dos profissionais”, avalia.
Para a construção do Prosai em Parintins, o Governo do Amazonas prevê investimentos de cerca de U$ 87,5 milhões, sendo que U$ 70 milhões financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e U$ 17,5 milhões de contrapartida estadual. O projeto é coordenado pela UGPE e será efetivado com a construção de moradias, infraestrutura e saneamento nas áreas da Francesa, Santa Clara e Santa Rita.