Programação inclui palestras, rodas de conversa e dinâmicas para conscientização sobre o tema
Foto: Vitória Melissa / Seas
A Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas) iniciou, na manhã desta segunda-feira (18/11), uma série de programações especiais, nos Centros Estaduais de Convivência da Família (CECFs) e do Idoso (Ceci), voltadas para o Dia da Consciência Negra, fixado no dia 20 de novembro em homenagem ao líder negro Zumbi dos Palmares, morto nesse dia, em 1695, que se tornou um símbolo de resistência e um marco para a luta contra o racismo.
Na programação sobre o tema, constam discussões sobre racismo e desigualdade social; integração da população negra na sociedade e valorização da cultura afrodescendente, nos vários Grupos de Convivência dos CECFs, como forma de fazer um resgate histórico dos africanos no Brasil e ao mesmo tempo combater o preconceito racial, que ainda é evidente no país, nas várias camadas sociais.
O Centro Estadual de Convivência da Família 31 de Março, situado no bairro Japiim, zona sul de Manaus, abriu as atividades sobre o tema, nesta segunda-feira, com uma palestra para os integrantes do Grupo de Convivência “Vida e Saúde”, destacando a importância da data, que além de reconhecer a luta de Zumbi e seus companheiros no Quilombo, traz à tona as desigualdades e violência contra a população negra.
Foto: Vitória Melissa / Seas
Na palestra, a supervisora técnica do 31 de Março, Vivian Danielle Silva, destacou que o racismo estrutural precisa ser combatido nas escolas, nos lares, nas ruas, sobretudo o preconceito, para obtenção de uma sociedade mais justa e solidária. “O Brasil tem uma diversidade cultural formada por indígenas, europeus, negros e asiáticos, uma mistura de povos, resultando nessa miscigenação, da qual fazemos parte”, frisa.
Uma das participantes da palestra, Jeorgete Cintra, 60, disse que a ação lhe fez lembrar sua ancestralidade: mistura de brancos com indígenas e de negros com indígenas. “Nós amazonenses, somos um pouco dessa mistura de raças, sendo assim, não deveria haver preconceitos e muito menos racismo”, disse a idosa, que há mais de ano faz atividades de pilates, funcional e cursos no CECF 31 de Março.
Para a amazonense de Canutama, Maria Zelia Carvalho, 62, a palestra é de suma importância para trazer à memória o que somos. “Faço parte dessa mistura de raças, da etnia indígena, o que é um privilégio”, admite, ressaltando que há um ano e seis meses faz pilates no centro.
Foto: Vitória Melissa / Seas
Também de origem indígena, Irene Amorin, 77, há dois anos faz atividades de dança e ginástica no 31 de Março, gostou da palestra sobre Consciência Negra, por entender que “todos somos irmãos e devemos nos respeitar. Chega de preconceito !”, assinala,
O CECF Magdalena Arce Daou, situado no bairro Santo Antonio, na zona oeste, também realizou nesta segunda, uma dinâmica, tratando o tema com o Grupo de Convivência “Estrelas Acolhidas”.
E o Centro Estadual de Convivência do Idoso (Ceci), no bairro Aparecida, zona sul de Manaus, realizou várias programações voltadas para o Dia da Consciência Negra. Palestra Multidisciplinar com o Grupo de Convivência “Estimuloteca”. Palestra Sensibilização no Grupo de Convivência “Nova Conquista. Na parte da tarde, Aulão de Rítmos de Origem Afro em comemoração ao tema, além de Academia da Memória.
Programação
Na terça-feira (19/11), o tema vai ser tratado em vários Centros de Convivência, todos eles mantidos pelo Governo do Estado, sob o comando da Seas.
O 31 de Março vai dar continuidade à programação da palestra com o Grupo de Convivência “Medalhas de Ouro”. Na quinta-feira (21/11), vai realizar uma oficina sobre a Construção de Painel Integrado em Valorização a Cultura Afrodescendente com o Grupo de Convivência “Juventude Mais Ativa”.
O CECF Magdalena Arce Daou fará, nesta terça, uma apresentação do Grupo Quilombo São Benedito e Grupo de Teatro Café Preto, no hall, às 9h. O CECF André Araújo, situado no bairro da Raiz, zona sul, nesta terça, realiza atividade sobre o Dia da Consciência Negra, com palestra sobre a reflexão da inserção do negro na sociedade brasileira e sobre a influência do povo africano na formação cultural do nosso país. Além disso, terá apresentação de uma dança afro; apresentação de capoeira, na quadra poliesportiva, às 9h.
O CECF Maria de Miranda Leão, situado no bairro Alvorada, zona centro-oeste, realiza nesta terça, Roda de Conversa para tratar sobre o Dia da Consciência Negra, às 9h. Na quinta-feira (21/11), haverá uma oficina para confeccionar joias Afro, às 9h. Na parte da tarde, haverá outra oficina de confecções de adereços.
O CECF Padre Pedro Vignola, situado na Cidade Nova, zona norte, nesta terça, realiza palestra com o tema: “Chega de discriminação”, visando sensibilizar sobre as distinções de raças, às 9h. O centro também está fazendo apresentação cultural pela valorização da cultura afrodescendente, no salão central, o dia todo. Paralelamente, haverá com uma exposição de painel informativo e abordagem, além da distribuição de informativos de sensibilização, na área externa.
O CECF Teonízia Lobo de Carvalho, situado no Mutirão, entre as zonas norte e leste de Manaus, nesta terça, realiza palestra sobre a temática e apresentação de uma roda de capoeira aos usuários do centro, às 9h. Na sexta-feira (22/11), o tema vai ser tratado com brincadeiras africanas, exposições sobre a história dos negros, além de Roda de Conversa abordando a temática, na quadra poliesportiva, das 8h às 9h.
Na terça, o Ceci Aparecida realiza palestra de sensibilização com o tema “Valorização da Cultura Afrodescendente”, na sala multiuso, às 10h. Na parte da tarde o tema vai ser tratado numa Roda de Conversa com o Grupo “Vivendo e Cantarolando”, na sala multiuso. Na sexta, será realizada uma Roda de Conversa sobre o tema com o Grupo de Convivência. “Futuro Melhor”, na área central.